David J. Liberman

David Liberman nasceu em 1920 na Argentina em uma família de músicos. Ele tocou piano na orquestra de jazz de seu pai, Sam Liberman. A experiência na banda de Jazz pode ter influenciado o desenvolvimento de sua proposta desde as características de performance do jazz, onde em uma orquestra em que todos devem ter uma base comum, existem momentos de performances individuais e coletivas e até improvisações que complementam o trabalho geral. Tem músico que marca e dirige, mas o grupo é que cria. Em seguida, ele estudou medicina e psicanálise. Ele foi discípulo de Enrique Pichon-Rivière e desenvolveu sua perspectiva.
Seu trabalho de tese de doutorado foi o início de uma longa trajetória de pesquisa que lançou as bases para um novo conceito de psicanálise em que o paciente é abordado em todos os aspectos possíveis, ou seja, globalmente. Para conseguir isso, ele propôs aplicar o método de Leopold von Ranke ao estudo psicanalítico. Para ele, o método de análise deve ser dividido em diferentes partes: crítica externa, crítica interna, síntese e historiografia da doença. O alicerce está na teoria da comunicação e a doença é entendida como uma alteração no processo de aprendizagem e comunicação, que produz um déficit de adaptação à realidade. Entre suas obras, a mais original é seu livro em três volumes Linguística, Interação comunicativa e Processo psicanalítico (1970-72). O autor foi influenciado por autores tão diversos como Roman Jakobson, Jurgen Ruesch, Gregory Bateson e Melanie Klein, que ele reuniu em sua tentativa de categorizar a predominância estilística de manifestações verbais e não verbais em diferentes tipos de pacientes.