Pío Baroja foi um importante integrante da geração de 1898, grupo de jovens escritores preocupados com a degeneração social e política da Espanha na virada do século. Autor produtivo, ele costumava reunir suas obras em volumes ou trilogias (a maior delas tem 22 volumes), muitas das quais tratam de problemas sociais contemporâneos. A obra-prima semiautobiográfica "El árbol de la ciencia" (1911) fala sobre amadurecimento, em uma história repleta de pessimismo e incompreensão da vida, e seu protagonista acaba cometendo suicídio. Fazendo uso frequente da linguagem coloquial, o estilo austero e despojado de Baroja exerceu grande influência sobre o escritor americano Ernest Hemingway.