O uruguaio Mario Levrero permaneceu desconhecido do grande público até o momento de sua morte, em 2004. Fazendo de tudo um pouco para se manter (Levrero escreveu de romances e contos a texos humorísticos, histórias em quadrinhos, parapsicologia e quebra-cabeças e ainda foi fotógrafo, livreiro e chefe de redação de revista) chegou a obter algum reconhecimento na Argentina e foi publicado na Espanha mas foi somente em 2005, com a publicação póstuma de La novela luminosa que Levrero cravou seu nome entre os chamados "raros" uruguaios. Ainda assim, foi no ano passado que um trabalho do uruguaio ganhou sua primeira tradução em língua estrangeira, chegando ao Brasil através da já comentada coleção Otra Língua, na felicíssima iniciativa de Joca Reiners Terron - que também assina a tradução e o posfácio do livro de Levrero - lançada pela editora Rocco.