Batalhas pela Sobrevivência lança olhar para o processo de "muramento" que nos blinda do desconforto de perceber as desigualdades e o sofrimento que nos rodeiam diariamente. A cada esquina atravessada e a cada rua percorrida, o personagem desnuda a brutalidade da miséria social, enfatizando justamente as reações individuais diante de tragédias sociais como a fome e o desamparo.
Indivíduos invisíveis que perambulam pelas ruas como se nem seres humanos fossem porque por conveniência optamos por ignorá-los. É mais cômodo, sem dúvida alguma, fingirmos que não os vemos, mas nem sempre obtemos sucesso nessa tentativa de nos vendarmos porque os flagelos da fome e da pobreza desumana gritam mais alto do que nossas razões egoístas.
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