O universo é bizarro — um adjetivo complexo, lotado de significados, em plena evolução e que significa elegante, generoso, nobre, valente, brioso, insólito, excêntrico, esquisito etc. Os três contos deste livro têm como princípio básico o bizarro e são recheados de extravagâncias e psicodelismo; além disso, as histórias se passam em lugares, imaginários ou não, onde o horror e/ou o terror estão camuflados e à espreita. Abre o livro a história de uma jovem buscando descanso e refúgio, mas surge uma menina com uma bolsa, nessa bolsa, os órgãos da menina, além de uma raposa azul, um cemitério, abelhas etc. A segunda história remete a algo inspirado em H. G. Wells, com homens-porcos, crianças numa selva e uma escrava tentando fugir dos seus perseguidores. A terceira é mais antiga, talvez anterior ao Renascimento, e uma cabeça bovina atazana um velho, de repente surgirá o horror cinza. Além dos três contos, também três poemas bem estranhos, portanto, deixe de lado um tanto de lucidez.
Contos / Literatura Brasileira / Terror