Trata-se de um livro de recordações poéticas da infância, um momento em que o menino faz a passagem do mundo rural para o colégio interno. A roça está representada no boi, um animal calmo, que rumina indefinidamente os alimentos – simbolizando também a própria condição memorialística deste “eu” que não termina nunca de digerir suas recordações. O boi é a encarnação de um tempo perdido e materializa uma idade campestre que se perdeu mas que continua viva na lenta trituração da linguagem lírica de Drummond.