São décadas de boemia. Daquela que não se preocupa se é dia ou noite, botequim ou uisqueria. Com faro de arqueólogo e disposição de maratonista, Moacyr Luz visita seus balcões preferidos e divide com o leitor histórias saborosas como um pernil macio com chope gelado. Na companhia de Chico Caruso, o compositor e escritor apresenta 25 bares, num roteiro que não despreza os detalhes que fazem de cada um deles um lugar único: os azulejos, as mesas de madeira, os tamboretes de barril e o São Jorge na redoma. E, claro, batidas de maracujá inesquecíveis, pastéis divinos, polvos, rabadas, caldinhos e outros clássicos da comida de boteco. Botequim de bêbado tem dono não diz a que horas um bar fecha, nem se aceita cartão de crédito. Mas nos leva a conhecer a alma de cada um deles a partir de crônicas bem humoradas que, mesmo ambientadas no Rio de Janeiro, remetem o leitor à sua mesa mais querida, seja ela em Minas, São Paulo, Paris ou Bahia. Um belo pilequinho, sem ressaca.