Queria o barraco, a mãe, a irmã... Queria o passado, mas como ele doía fundo, afastou-o para o lado, deixando espaço somente para a estátua. Num impulso, adentrou o canteiro.
Muito contente, animou-se no colo de bronze. Desdobrou o jornal que pegara no lixo e cobriu-se de notícia. Nem o frio, nem a dureza do metal impediram que ele adormecesse. No meio de tantos fatos servindo-lhe de cobertor, sonhou. A mulher de bronze meixa os braços, abraçando, acarinhando-o. Como era doce aquele colo aconchegante
Literatura Brasileira