Brasil, um país do futuro?

Brasil, um país do futuro? João Paulo dos Reis Velloso...


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Brasil, um país do futuro?





Brasil, um país do futuro?. João Paulo dos Reis Velloso e Roberto Cavalcanti de Albuquerque (coordenadores). J. Olympio, Rio de Janeiro, 2006 [Seminário Especial, 2006].

Brasil, um país do futuro?, é um dos livros resultantes do Fórum Especial, realizado no Rio de Janeiro em 2006, cujo tema básico foi "Projeto de Brasil - opções de país e opções de desenvolvimento".

Para aquele Fórum, julgou-se oportuno, aos 125 anos do nascimento do escritor austríaco Stefan Zweig (1881-1942) e 65 anos de seu conhecido livro Brasil, um país do futuro (de 1941, publicado simultaneamente na Europa, Estados Unidos e Brasil), dedicar o Painel 1 ao tema da conhecida obra, transformado em indagação.

Coube a Alberto Dines, no texto "A invenção do paraíso no inferno do Estado Novo", examinar e contextualizar o autor e seu "livro brasileiro". Ele o faz com a competência de quem assina o melhor perfil do famoso escritor austríaco: Morte no paraíso, a tragédia de Stefan Zweig, de 1981, há pouco reeditado. Brasil, um país do futuro, observa Dines, é a "biografia de uma nação", embora diversa dos famosos quarenta perfis biográficos de Zweig.

Seguem-se dois estudos que comparam o Brasil dos anos 1940 ao Brasil tal como se nos apresenta hoje. O primeiro, de autoria do cientista político Bolívar Lamounier, é uma abordagem geral, embora mais focada nos aspectos político-institucionais; o segundo, da lavra do economista Regis Bonelli, é uma análise de natureza econômico-social.

O historiador Boris Fausto e o sociólogo Sergio Fausto observam que, embora o país tenha experimentado avanços, sofreu retrocessos, enfrenta impasses, trilha descaminhos. Nesse contexto de tendências díspares, registram a esperança como marca brasileira para admitirem que as próximas gerações poderão um dia dizer que o futuro afinal chegou. Já o também historiador João Luís Ribeiro Fragoso pauta a visão zweiguiana do Brasil na interação entre o mandonismo no exercício do poder e a tolerância e distensão no trato social.

Nos comentários, Tito Ryff considera que as promessas do olhar estrangeiro de Zweig - talvez o primeiro dos brasilianistas - ainda não se cumpriram, sendo necessário um projeto de desenvolvimento para que o país possa se ver como um país do futuro, Ricardo Neves entende que o futuro pensado por Zweig para o Brasil "talvez já esteja ante nossos olhos há um bom tempo". E Raul Velloso aponta os números possíveis do crescimento econômico do Brasil nos próximos anos.

O outro livro resultante do Fórum Especial de 2006, intitulado Projeto de Brasil - opções de país, opções de desenvolvimento, também editado pela José Olympio, está em catálogo. Ao propor um projeto nacional resultante de amplo diálogo entre governo e sociedade, ele visa contribuir para que um país do futuro chamado Brasil torne-se, afinal, visível no horizonte.

R.C.A.

SUMÁRIO

Introdução

Stefan Zweig e o Brasil como um país do futuro: 65 anos depois
João Paulo dos Reis Velloso

Brasil, um País do Futuro?

A invenção do paraíso no inferno do Estado Novo
Alberto Dines

Brasil, país de vários futuros
Bolívar Lamounier

De volta para o futuro: continuidade e mudança no Brasil dos anos 1940 ao presente
Regis Bonelli

Brasil: país do futuro?
Boris Fausto e Sergio Fausto

A equação de Zweig para o Brasil: concentração de poder mais tolerância
João Luís Ribeiro Fragoso

Comentário I: promessas não cumpridas de um olhar estrangeiro
Tito Ryff

Comentário II: Stefan Zweig e a primeira eleição totalmente digital no Brasil
Ricardo Neves

Comentário III: o PIB crescerá mais? Quando e quanto?
Raul Velloso

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Daniel
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03/01/2011 19:06:37

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