Quer despertem amor ou ódio, as celebridades devem ser assunto incontornável para quem pretende estudar e entender a contemporaneidade. O historiador inglês Fred Inglis visa explicar as mudanças que, ao longo dos séculos, levaram ao 'culto à celebridade' que se vive. O percurso de Inglis começa com uma história dos sentimentos, para que se possa entender o que desperta a paixão, para o bem ou para o mal, do indivíduo moderno, e como o conceito de notoriedade foi se transmutando no conceito de celebridade. Se passa, então, pela Londres de Lorde Byron, pela Paris dos grandes boulevards e da flânerie, até se chegar à Nova York das colunas sociais. Na terceira parte de sua empreitada, Inglis dedica-se a compreender como o conceito de celebridade se aplica aos grandes ditadores, busca narrar o período de ouro das estrelas de Hollywood e chega finalmente no cenário contemporâneo da celebridade, com suas estrelas da música, da televisão dos esportes ou de aparentemente coisa nenhuma. Ao levantar a hipótese de que a celebridade é como um espelho que reflete aquilo que há de pior - e também um pouco do que há de melhor - na história da modernidade, Inglis tenta mostrar como a rotina dos ricos e famosos não serve apenas como entretenimento para as massas, mas também deve fornecer um nexo histórico.