Os organizadores dos Cadernos de Psicologia propõem, como tema deste quinto número da publicação, a autonomia do paciente, interrogando se essa é uma questão para a Oncologia. Haveria alguma margem de escolha para o sujeito que se submete ao tratamento de câncer? As equipes de cuidado sustentam essa margem de escolha para os pacientes? Qual o diálogo possível
nessa prática cotidiana frente a tantas demandas e urgências de diferentes ordens? E quando se trata de crianças e adolescentes, seria possível sustentar essa aposta?
O hospital oncológico é um dispositivo organizado por diferentes protocolos que organizam institucionalmente o tratamento ao qual o sujeito será submetido. O convite é para que a comunidade acadêmica e assistencial possa refletir e produzir textos que retratem como essa questão comparece na prática cotidiana do hospital. Trata-se sempre de uma aposta, lançar um tema e esperar as respostas ao convite. Houve uma surpresa com o trabalho dos autores que compõem esta edição do Cadernos. A autonomia surge como um tema controverso e que lança psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, enfermeiros entre outros profissionais a refletirem sobre essa questão. O leitor terá a oportunidade de experimentar diferentes dimensões do cuidado e como cada uma delas pensa a autonomia do paciente.
Medicina e Saúde