Caminho de Marahu (Max Martins: poesia completa #6)

Era o livro preferido dentre todos os que escrevera, confessou numa entrevista, e é para muitos talvez o seu mais apurado trabalho com a poesia. Caminho de Marahu aparece num momento particularmente feliz para o poeta, em meados da década de 1980, quando Max publica com uma assiduidade jamais experimentada antes e empreende, pela primeira vez, viagens de leituras de poesia no Brasil e no exterior. É a fase dos poemas à muito sonhada cabana na praia do Marahu, muitos deles escritos lá, quando passa a habitá-la pelos fins de semana ou em temporadas mais prolongadas de reclusão. São nesses poemas de Caminho de Marahu que Max “parece ter ido sempre afinando o verbo numa direção pessoal de investigação íntima: uma linguagem de corte ascético em sua rara condensação para dizer as complicações do mundo interior, sobretudo as que brotam do sentimento amoroso em seus enlaces lúdicos e graves, ganhando inesperada transcendência, a ponto de confinar com o inefável, roçando o silêncio”, como aponta Davi Arrigucci Jr. no prefácio.

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