Caminhos Percorridos faz uma só trama da trajetória do militante e a história observada. A autobiografia é pretexto para uma análise do Partido Comunista do Brasil, o PCB, desde sua fundação até os anos de 1940, na cena política e na sociedade brasileira.
Não são memórias somente de ação, discussão ideológica, confronto de doutrinas. Há uma reconstituição da vida e da sociedade nas diversas etapas dos caminhos: as cidades, os costumes perdidos, o lazer, as condições de trabalho. Sem qualquer visão exclusivamente "operária", deixando passar a tensão social do conjunto da sociedade. São observações muito finas do tempo do memorialista, numa narrativa de grande simplicidade com elegância, de precisão com despojamento.
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