Cancioneiro

Cancioneiro Fernando Pessoa


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Cancioneiro


Obra Poética V




Segundo Maria Aliete Galhoz, que já editou e prefaciou os poemas de Cancioneiro para a editora Nova Aguillar, "a ideia de Fernando Pessoa de subordinar parte ou quase toda a sua obra ortônima portuguesa - exceção feita da de feição místico-nacionalista - ao título geral de Cancioneiro aparece como a mais persistente nos seus muitos e não realizados ou incompletos projetos de criação e publicação".



Pessoa, o poeta que foi muitos, aparentemente quis guardar um espaço em sua vasta obra para os seus próprios poemas, isto é, poemas não ditados por heternônimo algum.



Apesar do título, entretanto, nem todos os poemas desta edição se parecem com canções - de fato, a minoria. Temos alguns picos onde os sentimentos carregados pela poesia se unem a um ritmo praticamente musical, como em "Autopsicografia", mas mesmo nestes casos o sentimento, nalgum canto do grande abismo que revela a própria alma, ainda fala mais alto do que a mera sonoridade da rima. Pessoa nos trouxe, portanto, canções para serem cantadas em silêncio!



E se há muitos que já se afastaram desta compilação por haver sido rotulada de esotérica, mística, hermética, nos dias de hoje os amantes de Pessoa são cada vez mais atraídos por ela pelos exatos mesmos atributos.



Há muitos especialistas que já tentaram explicar o misticismo de Pessoa. Eu não tenho nada contra eles, mas prefiro me abster da vã tentativa de tentar explicar sentimentos transcendentes com palavras. Palavras são somente cascas de sentimentos, e as cascas dos sentimentos mais elevados, transcendentes, são translúcidas, quase intangíveis, de coloração indizível.



Entre as palavras e a poesia, entre o cântico e o sentimento, entre o mundo lá fora e quem quer que o contemple aqui dentro, corre um rio, um rio sem fim...



O editor.



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Poemas, poesias / Literatura Estrangeira

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on 28/6/21


Por mais que eu sinta a maior potência da obra pessoana nos heterônimos, essa reunião de poemas do ortônimo Fernando Pessoa traz algumas pedras-de-toque e alguns poemas inteiros que configuram hits de melhor poesia em língua portuguesa de todos os tempos, numa obra densa, mística e ilimitada como a personalidade do próprio autor.... leia mais

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