A recessão japonesa, a crise do México, da Ásia, da Rússia e do Brasil anunciaram grandes desordens. A deterioração da bolha no mercado de ações americano é a expressão mais recente de uma crise econômica internacional que foi surgindo na última década sob a aparência de uma globalização bem-sucedida, como uma nova etapa do capitalismo vitorioso. Em CAPITALISMO SENIL — mais um título da coleção Pensando a crise, que analisa as raízes, motivações e desdobramentos da atual crise econômica —, o argentino Jorge Beinstein acredita que a atual crise da economia mundial tem feições distintas das crises anteriores e sugere que uma renovação da crise pode afetar a única economia próspera do mundo, os Estados Unidos, o motor da globalização, com graves e óbvias conseqüências para o resto do mundo.
O autor assume como quase sinônimos neoliberalismo e globalização, e vê esta última não como uma nova fase do capitalismo, como preferem acreditar os neoliberais, mas como a decadência do imperialismo — o capitalismo senil. Numa crítica bem fundamentada, Beinstein desenvolve, apoiado por uma série de dados, rigorosas reflexões sobre as causas da crise. E descreve, ainda, o cenário social, econômico e institucional das turbulências atuais, traçando um esboço da dinâmica geral da crise através de um paralelismo entre a hipertrofia financeira e a desaceleração do crescimento global.
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