Há dez anos escrevemos, a partir de cartas que trocamos durante um ano, um livro chamado Cartas Marianas. Agora nos voltou a vontade de retomar a tarefa, e o fazemos com o mesmo gosto da anterior.
Escrever cartas é um feito de amizade, que, não raro, se conclui em exercício de questionamento e tomada de consciência de nosso dia a dia, ordinário e banal. Falando a alguém querido ou respondendo a solicitações há aqui uma necessidade de ver claro, dar conta do que se fez ou se pretende. No final do dia, a carta nos exige um balanço, por mais simples que seja, do modo como o tempo agiu sobre nós, e o que fizemos com ele. Uma tomada de consciência de qualquer modo.
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