Catacumbas de Sol

Esta antologia de poemas de Élie Stéphenson apresentada em Cuba, em julho de 1979, no âmbito do CARIFESTA (Caribbean Festival Art), marca o engajamento do poeta e sua percepção do mundo na América do Sul e Caribe, que é constituído deste pilar: “E eu que sou apenas um/ Tão pequeno país subdesenvolvido / (ao lado da América) /e sem guérilleros / que escárnio! / Mas encharco minha coragem / No teu sangue / CUBA”.
O título “CATACUMBAS DE SOL” mistura duas palavras antagônicas: CATACUMBAS que induz à ideia de obscuridade, de trevas, de morte e SOL, astro mágico, à luz primordial iluminando tudo e dando a Vida.
A antologia se apresenta como uma alternância entre dois ciclos e uma confrontação entre dois mundos: Morte e Renascimento se rodeiam, se imbricam em um eterno recomeço onde o Eíomem deve encontrar sua Rota. A Rota passa pela transformação dele mesmo, o combate por seu Povo, seu País, o combate pelo “Novo Homem” (do qual fala Che Guevara). O COMBATE PELA VIDA.
No fundo das paisagens guianenses e mais largamente de seu ambiente amazônico e sul-americano, seu país é no coração de seu ser de tão imenso que é, imperativo seu desejo de libertação, de soberania por seu Povo e seu Continente; “Obsedante amor cujo coração não se libera...”
Uma violência redentora segundo o poeta, um sentimento de AMOR ABSOLUTO parece se opor a cada verso, cada poema como uma busca da inocência infinita da Infância.

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