O jovem narrador de Cenas de uma Vida cresceu sofrendo o tormento da culpa e do medo. Sentia-se culpado por não respeitar o pai e apavorado com a ideia de perder o amor da mãe, a quem dedicava um misto de adoração e rancor. Seu primeiro contato com a literatura, o despertar do desejo sexual e a crescente consciência do Apartheid levaram-no a questionar uma série de convicções. Ele só conseguia se encontrar em sua paixão pela terra, pois considerava as fazendas um lugar de liberdade, de exaltação à vida. Ousada e eloquente, esta magistral evocação da existência de um adolescente é o livro pelo qual os admiradores de Coetzee esperavam.