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Che Maria del Carmen Ariet-García...


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Para Che, os anos 1965 e 1966 se converteram em acontecimentos inquestionáveis dentro de sua condição revolucionária, como ponto de chegada e início de uma nova etapa. Desde o triunfo da Revolução Cubana, em 1959, até sua partida para empreender missões internacionalistas no Congo e na Bolívia, a partir de 1965, deixou uma obra e um pensamento próprio, construído com o objetivo de deixar organizadas suas opiniões e teses sobre como se deveria dar a construção socialista nos países denominados terceiro-mundistas, nutrindo-se de seu “que fazer” em Cuba e das diversas funções e tarefas que enfrentou, apoiado, além do mais, na experiência acumulada no mundo socialista, especialmente da URSS e no estudo detalhado das obras de Marx, Engels e Lenin.

Desse período existem inúmeros escritos, artigos, discursos e reflexões, nos quais se podem precisar os objetivos, projeções e ações que deveriam primar para se empreender a transição socialista, como a meta essencial para alcançar a libertação e emancipação dos seres humanos. Em quase toda sua obra se encontram suas principais teses para atuar de maneira consequente e tornar os países pobres e subdesenvolvidos nações independentes e soberanas, cuja premissa estaria focada na formação de um novo tipo de ser humano, como portador das mudanças a serem levadas a cabo contra a exploração e contra toda dominação.

Os primeiros meses de 1965 transcorreram como o fechamento de uma etapa, o que vemos ao analisar seu discurso nas Nações Unidas em dezembro de 1964 e o início do percurso realizado em uma parte da África, onde ele se reúne com dirigentes de diferentes nações e com líderes de movimentos de libertação; além do impactante e, para muitos, polêmico discurso proferido em Argel durante o Segundo Seminário Afro-asiático em fevereiro daquele ano, no qual detalha de forma aguda suas posições sobre o papel a ser desempenhado pelo Terceiro Mundo, o enfrentamento ao capitalismo e a necessidade de terem o apoio dos países socialistas em suas lutas por libertação.

Para além das críticas e contradições geradas por esses pronunciamentos, a história mais recente se encarregaria de dar razão ao dano irreparável que significaram a falta de unidade e coerência na defesa do socialismo, e as posições ambíguas e dogmatizantes. Se se julga o caminho escolhido por Che depois desses breves meses, é previsível sua decisão de começar uma nova etapa de luta para acender a chama da libertação dos povos, sem deixar de lado a “tentativa”, como escreveu, de oferecer algumas conclusões sobre os princípios integrais que devem ser parte da formação do novo tipo de ser humano do século XXI.

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