Neste apaixonante livro, Che revela-se um grande escritor, um repórter do seu tempo, capaz de conduzir-nos aos anos de 1957 a 1959, à Cuba insurrecional e guerrilheira, às peripécias da Sierra Maestra, onde se desenrolava a primeira de uma séria de guerrilhas no nosso continente, em que um punhado de jovens conseguiu derrubar o tirano Fulgêncio Batista.
Naquele tempo, os Estados Unidos e a maioria dos países latino-americanos estavam com os revolucionários cubanos, que ainda não se tinham revelado comunistas, mas logo depois impuseram a Cuba total bloqueio econômico e político, tendo surgido, inclusive, figuras como Hubert Matos, de quem Che fala com escárnio e ironia.
Cuba era uma nação pobre e explorada, que vivia dos dólares dos turistas americanos, que vinham se deliciar com sua beleza natural e, principalmente, com a jogatina e a prostituição em que o ditador, em conluio com o capital americano, estava transformando o país. Che era um destes jovens que encontraram esta Cuba sofrida e desonrada e transformaram-na em uma nação honrada e socialista.