Parido pelas bandas de Pelotas, nas mãos pioneiras de Eduardo Hirtz e Francisco Santos, atravessou uma infância difícil, em que viveu de "atualidades" e explorou o quanto poia a vaidade dos poderosos. Chegando à puberdade, chamou Teixeirinha para domar o público e produzir uma dezena de longas de sucesso. A juventude foi um período de ruptura com a estética rural e com os modelos de produção. A urbanidade, o super-8 e a fumaça dos carros chegaram para ficar, embora os cavalos continuem relinchando nas proximidades. A maturidade ainda está pra ser conquistada, mas está logo ali, depois da esquina. Ou da coxilha. O cinema gaúcho cresceu a duras penas, acreditando que poderia ser "gente grande" quando não passava de um guri bobo. Este livro é um tributo a esse esforço e uma reflexão sobre os desafios que ainda estão pela frente.
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