Clínica Psicanalítica

Clínica Psicanalítica Marcio de Freitas Giovannetti


Compartilhe


Clínica Psicanalítica


Testemunho e hospitalidade




Marcio de Freitas Giovannetti adiciona ao método psicanalítico a “função de testemunho”. Coerente com o legado de Freud, aberto a atualizações e inspirado por Walter Benjamin e Giorgio Agamben, ressalta o contemporâneo “que mantém fixo o olhar no seu tempo, para nele perceber não as luzes, mas o escuro”. Como testemunha, o psicanalista dá voz ao que ainda não pode “ser legitimado enquanto experiência vivida”. Não se restringe ao recalcado ou ao emergente em situações de falência psíquica; toma em consideração o mundo. Se um de nós se chamasse Raimundo, seria uma rima, não uma solução.

O autor compartilha conosco os versos de Carlos Drummond de Andrade, que incidem sobre o horizonte de rimas possíveis. Diante de uma realidade “ainda não assimilável”, a hospitalidade da psicanálise dispõe-se “para alguém que não é esperado nem convidado”, sugere Marcio, aludindo a um ensaio de Jacques Derrida. Acolhe o desconhecido, a transitoriedade, o sonho com a morada que o sujeito procura.

A psicanálise veio a ser entre sonhos e guerras. Freud nomeou a pulsão de morte a partir de sonhos dos traumatizados pela Primeira Guerra Mundial. Exilou-se ao irromper da Segunda Guerra Mundial. Outros psicanalistas também tiveram suas práticas interrompidas pelas conflagrações mundiais. No século XXI, o sonho conflui para a elaboração da fala a respeito do vir a ser em espaços fronteiriços. Raimundo ou Hamlet procura sua identidade. O psicanalista é seu interlocutor.

Edições (1)

ver mais
Clínica Psicanalítica

Similares


Estatísticas

Desejam1
Trocam
Informações não disponíveis
Avaliações 0 / 0
5
ranking 0
0%
4
ranking 0
0%
3
ranking 0
0%
2
ranking 0
0%
1
ranking 0
0%

0%

100%

Flávia
cadastrou em:
01/07/2020 12:37:34
Luiz.Barbieri
editou em:
26/01/2023 16:50:41

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR