UM LIVRO QUE RESGATA DO ESQUECIMENTO A VIDA DOS DOENTES DE UM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO ABANDONADO.
Coisas de loucos teve origem na descoberta acidental de uma caixa de cartão empoeirada, cheia de objectos de antigos doentes do primeiro hospital psiquiátrico português, o Miguel Bombarda.
Catarina Gomes inicia então uma série de investigações para descobrir que vidas tiveram os donos desses objectos esquecidos no sótão do antigo «Rilhafoles». Nascidos entre o final do século XIX e o começo do século XX, estes «loucos» viram‑se subitamente isolados do mundo, numa época em que os psicofármacos estavam fora do horizonte e o fechamento dos doentes mentais era quase a única solução.
Mas antes de serem forçadas ao confinamento estas pessoas tiveram família, amores, trabalho, tiveram planos de futuro. São algumas destas vidas que Catarina Gomes aqui resgata do esquecimento.
«Catarina nunca se sobrepõe às pessoas de quem fala, não se precipita, não escreve com ideias feitas sobre um dado tema. Os loucos do seu livro são pessoas de carne e osso, e Catarina não os trata nem como fantasmas nem como semblantes desfocados em daguerreótipos. Catarina Gomes recusa a condescendência, não escreve como quem desvenda, como quem está segura, como quem tem saúde. Fala dos outros como quem desce uma escada íngreme, ciente de que pode cair. Li Coisas de loucos como se lesse um romance, cheio de histórias e mistérios, pessoas vivas, meus irmãos, perdidos no tempo.»
— Djaimilia Pereira de Almeida, do Prefácio
Prémio de Jornalismo da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental
Grande Prémio Jornalismo em Saúde – APIFARMA/Clube de Jornalistas
Não-ficção / Sociologia