Comboio Nocturno Para Lisboa

Comboio Nocturno Para Lisboa Pascal Mercier


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Comboio Nocturno Para Lisboa


Nachtzug nach Lissabon




O Comboio Nocturno para Lisboa é o terceiro romance de Pascal Mercier. Está traduzido em 15 idiomas. Fenómeno editorial na Europa, Comboio Nocturno para Lisboa vendeu dois milhões e meio de exemplares desde que foi publicado em 2004 na Alemanha, onde ficou três anos na tabela dos livros mais vendidos. O sucesso transformou até o título do livro escrito por Pascal Mercier - pseudónimo literário do escritor e filósofo suiço Peter Bieri -, numa expressão idiomática, usada para referir alguém que pretende mudar de vida. São, de resto, muitos os estrangeiros que, nos últimos anos, se deslocam até Lisboa em demanda de Amadeu do Prado. Mas tudo começa numa manhã chuvosa. Uma mulher prepara-se para saltar de uma ponte de Berna. Raimund Gregorius, um banal professor de grego e latim de 57 anos, evita o acto desesperado e fica surpreendido com o som de uma palavra. Português, responde ela, ao ser questionada sobre a língua que fala. Antes de desaparecer da história ainda tem tempo de escrever um número de telefone na testa deste míope professor que descobre, por acaso, um livro de um autor português, Amadeu Inácio de Almeida Prado, intitulado 'Um Ourives das Palavras'. Sem conseguir explicar porquê, entra num comboio para Lisboa atrás deste médico que morreu 30 anos antes, em 1975 (pouco depois da Revolução dos Cravos), numa descoberta do outro que acaba por ser uma descoberta de si próprio. Amado pelos pobres que atendia de graça no seu consultório, Amadeu passa a ser rejeitado pelo povo no dia em que aceita tratar o "Carniceiro de Lisboa", assim conhecido por ser chefe da polícia política. Integrará posteriormente a resistência contra o regime de Salazar. Por que Portugal? Por que a ditadura de Salazar? Estas são as perguntas mais feitas a um autor que admira Fernando Pessoa, "esse gigante da literatura", há mais de 20 anos, e escreve um livro do desassossego com a escrita de Prado a assemelhar-se aos textos do poeta português. Pela sua cultura, pela sua atitude de outros tempos, Raimund/o Mundo precisava de um ambiente de século XIX e Lisboa é a metrópole europeia que mais se aproxima pelo seu aspecto, topografia, afirma Pascal Mercier, para quem a principal razão para escolher Lisboa e Portugal prende-se com o pai de Prado, um juiz em funções durante uma ditadura, mas que não trabalharia sob as ordens de Mussolini, Hitler ou Franco. "Salazar era diferente. Era um intelectual brilhante, muito inteligente, culto, de uma brutalidade mais subtil que poderia seduzir pessoas como o juiz Prado e só nas ditaduras se dão as condições necessárias para tratar os problemas morais no contexto político." |...| [Sobre o Autor] Pascal Mercier é o pseudónimo literário usado pelo filósofo Peter Bieri. Nasceu em Berna em 1944 até recentemente foi professor de Filosofia na Universidade de Berlim. Filho da pequena burguesia, cedo decidiu que não queria para si o tipo de vida que os homens da casa levavam. O determinismo do almoço às 12h30 imposto pela fábrica fê-lo começar a reflectir sobre a condição humana com apenas 12 anos, altura em que iniciou a leitura da História das religiões. “Nunca mais almocei a horas certas”, afirma agora. Aos 45 anos escreveu o primeiro romance e depressa começou a “sentir-se em casa”. De tal forma que agora passa sete horas a escrever e abandonou o ensino. “Enquanto professor receei colocar a minha reputação académica em causa quando comecei a escrever ficção. Precisava de me esconder atrás de pseudónimo para ter coragem de me libertar na escrita. Só sabia que queria um nome com sonoridade francesa mas que não fosse extravagante. É uma experiência fantástica escolher um outro nome porque o kitsch que há em nós surge no seu máximo. Os primeiros nomes que nos surgem são extraordinários.” |...| [Críticas de imprensa] «Altamente filosófico e metafórico, é extraordinário o tom suave, simples, e ao mesmo tempo emotivo, que o autor descobre. Um ritmo muito próprio que obriga a reflectir e a ler devagar. Uma perícia subtil que o tornam um "ourives das palavras". Lê-se como uma cebola, com o mistério de várias peles que se descascam devagar e por vezes fazem arder os olhos.» -- Mónica Maia //
"Um escritor excepcional" -- Die Welt //
"Uma aventura cativante" -- Der Spiegel // "Este livro é um verdadeiro best-seller" -- Handelsblatt // "Pascal Mercier cria Amadeu do Prado para se tornar uma lenda, um herói literário cujo único objectivo é retratar o mesmo autor. É assim que consegue equipará-lo a Fernando Pessoa" -- Nouvel Observateur
// "Um relato impressionante e minucioso da busca de Gregorius, alguém em demanda da essência da alma mais do que de uma identidade. Um livro belo sobre a vida interior mas também de iniciação ao mundo e à História." -- Le Monde // "Um romance de ideias que se lê como um thriller" -- The Telegraph.

Literatura Estrangeira / Romance

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orffeus
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08/03/2014 11:40:05

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