Dado fundamental a reter nesta compreensão do cérebro humano é que ele é plástico: continua a desenvolver-se, a aprender e a mudar; até a senilidade ou a morte. A ideia de educação permanente aqui reiterada faz sentido por isso. Dizem os autores: "Nunca é tarde para aprender - desde que o aprendiz tenha confiança, auto-estima e motivação". Mas é possível que existam períodos receptivos, espécie de "janelas de oportunidade", quando o cérebro acolhe melhor certos estímulos e mostra-se mais apto a assimilar conhecimento. Todas as criançasque não são portadoras de grave deficiência aprendem sua primeira língua com extraordinária velocidade.
A neurociência cognitiva, poderoso auxiliar na compreensão do que é comum a todos os cérebros, dará nos próximos anos respostas confiáveis a importantes questões sobre a aprendizagem humana. Este livro, cujo conteúdo deriva de três fóruns organizados pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE) em Nova York, Granada e Tóquio, oferece uma introdução ao que hoje se sabe sobre o cérebro, ao que poderá ser revelado em breve e ao que poderá ser conhecido no futuro.
A edição em português da publicação da OCDE Compreendendo o cérebro é mais uma contribuição do Senac São Paulo ao tema de seu trabalho, a educação.