Confissões Verídicas de Um Terrorista Albino

CONFISSÕES VERÍDICAS DE UM TERRORISTA ALBINO é a descrição do dia-a-dia de um adversário do apartheid colhido nas malhas do sistema repressivo sul-africano: o escritor e pintor Breyten Breytenbach, que passou sete anos nos cárceres da África do Sul, num regime de isolamento total, impedido de falar até mesmo com os guardas. Os absurdos do sistema policial e carcerário criam à sua volta um universo estranho, de perspectivas deformadas, que o faz duvidar da realidade de tudo o que vive. Os interrogatórios a que é submetido o levam a interrogações sobre a sua própria identidade. Nascido na Província do Cabo em 1960, Breytenbach transfere-se para Paris em princípios da década de 1960, e casa-se com uma francesa de origem vietnamita, violando assim a lei de seu pais que proíbe os casamentos mistos.

Apesar de ter recebido em 1964 o maior prêmio literário para a língua africâner, é impedido de voltar à sua terra. Só em 1973 consegue uma permissão especial para passar três meses na África do Sul, quando seu nome já se havia tornado internacionalmente famoso. Em 1975 volta clandestinamente, para tentar estabelecer ligações com sindicalistas negros. Preso, é submetido a um processo onde foi julgado não o seu suposto “crime”, mas o homem, com suas convicções e seu talento colocado a serviço da luta anti-apartheid.