Consumo e abastecimento na História

Consumo e abastecimento na História Denise Aparecida Soares de Moura...


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Consumo e abastecimento na História





Consumo e abastecimento na História é uma coletânea de textos para todos aqueles que conseguem perceber aspectos interessantes em um ato tão trivial quanto o de consumir.
O corriqueiro não é um objeto fácil de ser observado. Ele é o vivido despercebido, um ambiente aparentemente seguro, no qual se transita diariamente sem se notar as armadilhas das convenções, as necessidades inventadas, os interesses de grupos, os enraizamentos culturais que muitas vezes conectam tempos e civilizações.
Das cidades antigas como Salvador ou São Paulo no século XVIII, as ordens e as burocracias municipais asseguraram o consumo de alimentos de populações civis e exércitos. Os sistemas de abastecimento dos gêneros básicos à vida, consolidados em rotas antigas de caminhos ou improvisados ao sabor do avanço dos processos de ocupação e colonização de territórios, foram um dos vários pilares de sustentação dos Impérios antigos e modernos.
Os objetos e insígnias militares também foram alvo do desejo dos sistemas de governo aos cidadãos comuns. Uma necessidade de afirmação da soberania dos estados, de grupos ou garantia da ordem pública? Ou seria ainda uma atualização ininterrupta de um remoto imaginário bélico e valente, cantado e escrito por escritores medievais lidos ou ouvidos por homens que cruzaram continentes?
Em tempos de terras ainda por serem encontradas, poucas letras e muitas viagens, os textos foram um valioso objeto de consumo. Muitas vezes era através deles que se tomava conhecimento de outros lugares e povos, que muito tinham a oferecer a uma Europa em crise, mas muito para se temer e se vangloriar.
O turismo hoje, como um dos principais negócios e objetos de consumo, não faz uso de certas imagens que animaram os homens da época moderna a arriscarem suas vidas em mares e lugares tão distantes? Os paraísos de momento, o maravilhoso, o exótico, o diferente, a aventura, a abundância de comida ainda são motores de ambições de consumo.
Por que certos objetos são consumidos em certas épocas? E em outras desaparecem sem deixar rastros? Como as sociedades ocidentais, da antiguidade à contemporaneidade, criaram condições para que as mercadorias circulassem? Como o consumo hierarquizava?
O nível de sofisticação e movimentação financeira alcançado pela arte publicitária na atualidade pede uma reflexão sobre este gesto tão banal quanto comprar um objeto de necessidade ou desejo. Desejo de quem? Por quê? A história está cheia de pistas para se pensar sobre isto.

História / História do Brasil

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