No presente trabalho a autora procura analisar o contexto sócio-político da Região Nordeste, no final do século XIX, época do florescimento do cangaço, das populações rurais desassistidas, assoladas pelas secas à mercê do despotismo dos coronéis, cujo aparato de poder favorecia a violência. Propõe-se a interpretação do banditismo/cangaço como um possível mecanismo de articulação par ao protesto social no campo, à luz da teoria sobre o banditismo social proposta por Hobsbawm. Através da análise de extensa bibliografia, entende-se que a capangagem armada a serviço do latifúndio resultou na primeira matriz do cangaço.
História do Brasil