Este escrito de ficção é o primeiro da trilogia “Crônicas de Liberdade”, onde
apresento um romance que sustenta o livro em três ideias: a liberdade; o limite do
amor; e a evolução político/social. O conto se passa em uma cidade chamada Vila
das Fontes. Não há um personagem principal, e sim vários personagens que ao
decorrer da história se entrelaçam, como uma novela. Existe um certo ar de filosofia
no livro, todo este contexto filosófico é bastante nítido nos capítulos em forma de
pequenos diálogos socráticos, no entanto a narrativa é um romance dramático de
suspense em uma cronologia de acontecimentos.
A narrativa da Liberdade
O que é liberdade? O simples fato de você não estar preso significa que você é
livre? A partir dessa pergunta, um grupo de pessoas começa a pensar sobre o
contexto social em que vivemos, e até que ponto a intervenção estatal e social (leis,
normas, costumes etc.) interferem na nossa liberdade individual. Se eu sou proibido
de algo, então, livre eu não sou. Nessa linha de raciocínio, em nome da liberdade,
surge a seita dos Três Reis: O Coelho, O Lobo e O Espantalho, cada um com sua
própria filosofia. Assim, os membros da seita dos Três Reis praticam todos os tipos
de atos impróprios, como matar, roubar e estuprar: em nome da liberdade.
A narrativa do Limite do Amor
Anos depois do fim do seu relacionamento, Lion encontra Lara e toma uma
decisão absurda em nome do amor. O amor, então, também acaba? Um fato
marcante poderia destruir um amor ou apenas assisti a razão e continuamos amando?
A narrativa da Evolução Político/Social
Quando Gordobel começa a perceber que não existe só ele, e sim, vários meninos
de rua passando dificuldades no dia a dia, ele decide organizar uma comunidade de
meninos abandonados para sobreviverem ao sistema. Nessa pequena comunidade, a
evolução político/social é desenvolvida e contada de forma simplificada, desde a
divisão de direitos e deveres organizada por um líder autoproclamado, a brigas
internas por governabilidade. A comunidade passará por uma série de regimes
políticos (democracia, autocracia, reinado, império, anarquia), regimes que serão
expostos não de forma direta, e o leitor terá apenas uma análise empírica e
superficial da narrativa onde os próprios integrantes passam a evoluir com o tempo.
Caso o leitor tenha algum conhecimento sobre cada regime irá entender a transição e
o momento que cada um está sendo praticado, caso não tenha, o conto não ficará
menos interessante, visto que é uma das estratégias do livro: ideias são colocadas de
forma oculta.
Ficção / Literatura Brasileira