O corpo nos pertence ou pertencemos a ele? Essa carne, desmontada e remontada, rasga na estreia de Maria Eduarda Lima dividida como forma e símbolo. Drummond nos diz que: “a verdade essencial/é o desconhecido que me habita/e a cada amanhecer me dá um soco”. Já “Cutícula”, nos fala sobre o conhecido que nos habita e que mesmo assim nos atinge. As ruas da cidade que conhecemos, os amores que sonhamos, ainda mais aqueles que vivemos “trocando em miúdos/ofensas e discos”. Amores que se traduzem em saudade, em terra, em sofrimento e em amor, também. Esse livro-corpo nos põe um laço, enlata o afeto e nos faz sentir o sal do lençol na boca. Comungamos esse livro. Esse corpo. Ou simplesmente o dividimos como “felinos felizes/teimosos de menos”. [texto de orelha, de Pedro Torreão]
Adquira em: https://www.rizomaeditora.com.br/product-page/cut%C3%ADcula
Literatura Brasileira / Poemas, poesias