D. Pedro I, quando proclamou a independência do Brasil, cometeu alta traição contra Portugal e, por isso, teria perdido seus direitos ao trono do rei seu pai. O legítimo herdeiro seria seu irmão mais moço, D. Miguel. Mas D. Pedro era constitucionalista e D. Miguel absolutista. Quando D. João VI morreu, o governo em Lisboa era constitucional e optou por D. Pedro, apesar da rebelião brasileira. Estava semeada a guerra civil portuguesa. Tempos depois D. Miguel "usurpa" o trono a que, sob certo ponto de vista, tinha direito. Em 1831, D. Pedro abdica da coroa brasileira e volta à Europa para fazer guerra ao irmão. Sua fulgurante carreira e sua vitória implantaram, a custo de muito sangue, a forma democrática de governo em ambos, Brasil e Portugal.
Literatura Brasileira