Quando pensamos em atividades orientadas por perguntas - e aí, as de aprendizagem configuram-se como as mais instigantes -, do modo como a pergunta é apresentada e como a mediação é desenvolvida depende o quanto um participante amplia sua competência em relação à argumentação e ao pensar crítico. A ação discursiva provocada por perguntas pode configurar-se tanto no sentido da expansão dialógica - caracterizada pelo convite à interação, à apresentação de posicionamentos novos, sinalizando um compromisso com posições alternativas - quanto de contração dialógica - caracterizada por fechamento, restrição e dispersão ou afastamento de novos posicionamentos.
O objetivo deste livro é discutir, na perspectiva da linguística aplicada, o ato de perguntar, entendido fundamentalmente como um ato de expansão dialógica.