Com o alerta para "a tentação da aldeia", José Guilherme Cantor Magnani levanta uma questão e lança um desafio: pode a Antropologia, com os conceitos e métodos forjados ao longo de pesquisas em sociedades de pequena escala - cuja forma de assentamento não é precisamente a cidade - desvendar a complexidade dos dias atuais aglomerados urbanos em toda sua diversidade? Por outra parte, não seria justamente esse legado o que daria a seu olhar, de perto e de dentro, determinada acuidade lá onde uma visão de fora passaria batido? Em Da Periferia ao Centro, o autor traça um panorama desse campo, reconstitui linhagens e apresenta categorias e modelos de análise desenvolvidos ao longo de sua trajetória, demonstrando a relevância e a atualidade do quadro teórico e metodológico da Antropologia Urbana.