Não deixa de ser uma síntese dessa dedicada atividade o que temos nos textos aqui reunidos, onde o autor retoma conceitos e figuras interpretativas com que, desde a dissertação de mestrado (1998), uma das bases do livro "Pedras de Encantaria" (2001), escrito em parceria com Josse Fares, recebeu a Obra de Jurandir. É o caso de aquonarrativa, ferramenta teórica que, como o camponês do trecho em epígrafe, criou e utilizou para "medir-se com o obstáculo" e assim fazer-se intérprete da Obra de Jurandir, especialmente, a princípio, do romance inaugural do ciclo Extremo Norte, "Chove nos campos de Cachoeira" (1941), sem dúvida, importante representante daquela que, outra ferramenta plasmada por nosso intérprete, tem sido chamada de "literatura brasileira de expressão amazônica", recurso com o qual nomeia o rio-mar aonde vêm dar os afluentes de nossa literatura
Edilson Pantoja
Artes / Literatura Brasileira / Política / Sociologia