Em um armazém de um bairro periférico, um judeu de poucas palavras recebe com desconfiança um jovem negro extremamente inteligente. O surpreendente diálogo é interrompido pela chegada de uma menina de classe média, que se perdeu nas redondezas enquanto procurava uma casa de aborto. Embora os elementos sejam por si só instigantes, o texto do americano William Hanley fazem de Dança Lenta no Local do Crime uma obra sofisticada e de delicada provocação psicológica. Diálogos aparentemente desconexos desvendam aos poucos os segredos e culpas dos personagens. No clímax da trama, um julgamento improvisado coloca o judeu no banco dos réus.
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