A morte, a outra face da vida, é o mote que Alberto Lins Caldas desnuda ao perceber que o andar dos homens cruza infinitas vezes o caminho de outros homens, como estradas por toda a terra. Os poemas de Alberto atravessam a garganta ao serem ditos, rascantes e puros, porque dizer o poema é o que resta da circunavegação dos sentidos, o que escapa da mente e sua compreensão, o que goteja do corpo pelas pontas dos dedos. O poeta pontua pela vida como se buscasse a luz ante o paraíso e, distraído, desfizesse o ranço das feridas, na carne viva de seu senso, na altivez da humildade, na fecundidade de seus versos na alma de quem o lê. Apresentação de Thereza Christina Rocque da Motta. Autor dos livros de contos Babel (Revan, 2001), Gorgonas (Companhia Editora de Pernambuco, 2008), do romance Senhor Krauze (Revan, 2009) e de poesia Minos (Ibis Libris, 2011).
Poemas, poesias