Este livro é uma autópsia do Fantasma do cinema clássico; ele acredita que a inspiração secreta desta arte do sublime está nos expurgos da pulsão, da maquinação demoníaca, da psicopatia; os filmes escolhidos versam sobre experiências de interdito que habitualmente não associamos à arte da luz; mas não esteve o cinema desde suas origens sob o patrocínio do demoníaco, dadas as inúmeras vezes que Mélies representou o Diabo? Sob a ataraxia da verônica de Cristo, o íncubo do Pesadelo de Füssli: a 'parte maldita' do classicismo é a tarefa incumbida ao pensamento crítico de hoje; trata-se não de uma escavação arqueológica, mas de uma sismografia genealógica do interdito: o que se esconde na coxia do proscênio iluminado?
Artes / Cinema