De olhos abertos

De olhos abertos Marguerite Yourcenar


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De olhos abertos


Entrevistas com Matthieu Galey




Entrevistas de Marguerite Yourcenar com o jornalista Matthieu Galey: O sentido da criação artística; desafios com a realidade em permanente modificação, etc. [O título é uma alusão à frase final de Memórias de Adriano), suas entrevistas com Mathieu Galey, as quais delineavam uma mulher admirável - e de fato ela o era, mas de outro modo. Infelizmente, era uma imagem esculpida, inventada, retocada, uma persona]. |...| [Da edição portuguesa]: "Foi publicado pela primeira vez entre nós em 1984, quando se lia muito Marguerite Yourcenar (1903-1987), e acompanhou-me em várias noites de insónia. A Relógio D’Água acaba de disponibilizar novamente "De Olhos Abertos", em tradução assinada por Renata Correia Botelho. O livro consiste numa longa conversa com o francês, entretanto desaparecido, Matthieu Galey, e a autora de "Memórias de Adriano" acabaria por não apreciar o resultado. Teria as suas razões, mas para nós, leitores de De Olhos Abertos, o livro é uma dádiva. Desde logo, de inteligência. Matthieu Galey organizou-o tematicamente e os muitos capítulos tanto cobrem a obra literária da escritora de origem belga (os muitos títulos, influências maiores, etc.), como a sua vida pessoal, sem deixar de lado as convicções de Yourcenar sobre temas tão variados como política, ecologia, feminismo ou religião. Para quem está familiarizado com os livros da única mulher até agora aceite na Academia Francesa (um facto a que se atribuirá maior ou menor importância), estas entrevistas talvez despertem o desejo de reler coisas tão perfeitas como A Obra ao Negro ou Golpe de Misericórdia. Para os que desconhecem Marguerite Yourcenar, trata-se de uma excelente introdução.
Aristocrata de nascimento e, sobretudo, de espírito, talvez corra, contudo, o risco de ser mal interpretada. Conservadora e absolutamente livre (tanto quanto o poderá ser um ser humano), Yourcenar é uma escritora moral que bebe nos grandes clássicos e na grande literatura e cujas posições — eticamente exigentes e politicamente independentes — talvez pareçam desfasadas num tempo que saiu por aí a galope. Pomposa, por vezes; simples, quase sempre, deixa-se colar neste livro à frase que fez dizer ao Imperador Adriano: “A verdade é sempre um escândalo”.

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orffeus
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07/07/2013 09:55:04

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