Descobrimento do Brasil: Planejado ou Casual?

Descobrimento do Brasil: Planejado ou Casual? Augusto de Sênior


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Descobrimento do Brasil: Planejado ou Casual?


[+Caminha, João Farias e o Piloto Anônimo]




Este trabalho visa à resposta da questão relacionada ao Descobrimento” do Brasil; trazendo o seguinte: Planejado ou Casual? Faremos algumas referências à formação de Portugal enquanto nação marítimo- mercantil; contaremos, de maneira concisa, as aventuras portuguesas no devassamento do Oceano Atlântico (o Mar Tenebroso); observaremos também a questão gramatical : “Descobrimento”, escrito com aspas; ou Descobrimento, sem aspas. Relembraremos a façanha de Cristóvão Colombo, que em 1492: surpreendendo o pioneirismo marítimo português, “descobre” um novo continente (América, chamado de Novo Mundo por Américo Vespúcio, daí América e não Colúmbia, Cristália ou Cristovália). Comentaremos as assinaturas entre os reinos de Espanha e Portugal da Bula – decreto papal - Inter Coetera (1493 – que previa à existência de terras 100 léguas à Oeste de Cabo Verde no Oceano Atlântico) e do Tratado de Tordesilhas (1494 – terras encontradas a 370 léguas do mesmo oceano). Lembraremos a viagem secreta, em virtude de políticas adotadas por D. Manuel I – rei de Portugal, em 1498 do herói esquecido (o intrépido português Duarte Pacheco Pereira, 1460-1533, possível descobridor do Brasil). Analisaremos outro fator, de grande importância, com o objetivo de responder à formulação da hipótese, ou seja, os tópicos que envolvem o mito da Escola de Sagres (1443 – Quais fatores motivaram à criação do mito? Quais as influências do mito para as navegações portuguesas?) e o estímulo psicológico proporcionado em razão do lema maior daquela nação: Navegar é preciso, viver não é preciso. Comentaremos três importantes documentos históricos escritos na época (a Carta de Pero Vaz de Caminha, a Carta de Mestre João – João Faras ou João Emeneslau e a Relação do Piloto Anônimo, provavelmente João de Sá, escrivão da esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral) e que – fator que poderá ser observado pela leitura atenta dos três documentos -, não apresentam, por parte dos navegadores e marinheiros surpresas, admirações ou encantos, “provocados” pelo contato “inicial” com as terras “recém- descobertas” e com o modo de vida – simples - daquele “povo” de aspecto forte, pele morena, cabelos negros e, totalmente, desprovido de vestimentas. E, por último, as observações sobre o planisfério de Cantino – Alberto Cantino, representante-espião do Duque de Ferrara e Módena (antigo Estado da Península Itálica que ocupava uma parte da atual região italiana da Emília-Romana, segundo o wikipédia. Acesso: 16 jun. 2019) Hércules I d’Este, 1472-1505 – que é uma antiga carta náutica, obtida em Lisboa – Portugal em 1502, com o “registro” de terras “desconhecidas” além do Arquipélago de Cabo Verde no Oceano Atlântico (conhecido na época pelo epíteto de Mar Tenebroso, em virtude, das várias lendas e histórias de navegadores, marinheiros e pescadores, contadas em terra, com o intuito de assustar quem tivesse coragem para desafiar o Mar de Trevas), daí, em virtude do Planisfério, as assinaturas da Bula papal Inter Coetera (1493) e do Tratado de Tordesilhas (1494), em que foram signatários os reis de Espanha e Portugal, respectivamente, os católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castela e João II, que estabeleciam, o primeiro, terras a 100 léguas à Oeste e o segundo terras estabelecidas a 370 léguas do mesmo ponto. Sendo estes dez argumentos os colaboradores máximos de nosso modesto ponto de vista, os esteios fortes de nossa construção intelectual, a didática do nosso trabalho; a nossa profissão de fé – como disse Olavo Bilac - poeta maior do Parnasianismo brasileiro, para dar credibilidade e aceitação à nossa resposta, formulada na tentativa de solucionar “mistério” que envolve a polêmica em relação ao “Descobrimento” do Brasil: Planejado ou Casual. Entendemos que nenhuma resposta deve ser é eterna ou indestrutível e que toda a formulação de uma resposta pode ser contestada. Não podemos esquecer do fato de que que amanhã ou depois, semana que vem, ano que vem ou daqui há 10, 20, 30 ou 100 anos, pode aparecer um estudioso ou grupo de estudiosos, que analisem a questão de forma diferente. E que, de posse de novas fontes (históricas) e com argumentos mais inteligentes e engenhosos, ponha por terra todos os nossos raciocínio e conjunto de observações, toda a nossa “pesquisa”, nossa reflexão, todos os nossos estudos sobre a questão mencionada, e apresentem um ponto de vista diferenciado e com melhor apuração. E, talvez, quem sabe? Tudo é possível! Apresentem nova solução para o fato, ou seja, analisem, de maneira mais profunda e utilizem técnicas de pesquisas inovadoras para entender, de forma mais apropriada, com mais certezas os itens (em total de dez) adotados por nossa convicção, isto é, somos adeptos, por tudo apresentado neste trabalho, do fator Planejamento, isto é, o Brasil foi “descoberto” através de um conjunto de Planejamentos. E, procuramos prová-lo – com todo o raciocínio desenvolvido no trabalho - e, com isso, promovemos o descrédito do casuísmo apresentando os fatos comprovadores, separadas entre muitos outros, que engrossam e fundamentam o corpo de nossa teoria como resposta à hipótese inicial (ou seja, Brasil: “Descobrimento” Planejado ou Casual?) proposta e, com base nos tópicos relacionados, optamos por Descobrimento Planejado do Brasil. Rio de Janeiro, 21 de setembro de 2019. Augusto de Sênior.

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