Desejo Congelado

De Heródoto a Hegel, de Maquiavel a Marx, de Adam Smith a Keynes, passando por Dostoievsky e Shakespeare, o jornalista inglês James Buchan apresenta em DESEJO CONGELADO um detalhado estudo do dinheiro e do seu pernicioso impacto na cultura ocidental. Parte tratado econômico, parte acordo literário, este provocativo livro busca o significado do dinheiro e viaja através dos séculos até 1980 para analisar seu papel na sociedade.



Em seu livro, Buchan afirma que o dinheiro é a nossa maior invenção... a língua que quase todo ser humano fala e compreende. A ideia principal de DESEJO CONGELADO é simples: a economia monetária conquistou o mundo porque o dinheiro oferece a promessa de satisfazer o ilimitado desejo humano. No entanto, essa mesma economia levou à decadência de valores como honra, amizade, dever, amor à natureza e orgulho do trabalho.

A obsessão de Buchan pelo dinheiro começou em 1978, quando trabalhava para o jornal Saudi Times e ganhava um salário de 10.000 riyals, moeda da Arábia Saudita. Isolado e sem nenhum propósito particular a não ser o desejo de adquirir dinheiro, ele acabou se inspirando numa passagem de Adam Smith e entregou-se a uma busca intelectual: desvendar o mistério do dinheiro, não só estudando economia, mas principalmente a literatura, tramas de políticos e banqueiros. Começando pela Antigüidade, Buchan apresenta profundas dúvidas sobre a noção de dinheiro evidenciada nos trabalhos de Aristóteles e Platão. A partir daí, o autor analisa as imagens de trinta moedas de prata; a invenção da contabilidade por Luca Pacioli; o dinheiro como motivador na era da conquista; as ferramentas abstratas que proporcionam o lucro; e o progressivo valor conceitual do dinheiro, separadamente do que ele pode comprar.

Economia, Finanças