Diálogos sobre a religião natural

Diálogos sobre a religião natural David Hume


Compartilhe


Diálogos sobre a religião natural





Os Diálogos sobre a religião natural tiveram uma longa história antes da publicação. Esta se deu somente três anos após a morte de Hume, como o desculpável cumprimento de sua última vontade, providenciada pelo sobrinho. Na capa, como que a indicar falta de comprometimento com o livro herético, não havia sequer o nome do editor. Ao contrário de como soem ser obras póstumas – encontradas em gavetas, mal-acabadas ou desprezadas pelo autor –, os Diálogos foram-no pela deliberação do próprio Hume: por tratarem de tema que gerava grande antipatia social, ele os manteve na gaveta por anos a fio. Assim, por anos a fio tiveram revisões cuidadosas. Acompanhando certas cartas de Hume, é possível formar uma ideia do histórico redatorial dos Diálogos. Aliando-as ao exame do manuscrito, onde se podem notar rasuras, inserções e variações na caligrafia, Norman Kemp Smith fez sua consagrada edição desta obra apontando alterações no texto, e por isto tal foi a edição usada como base para a presente tradução dos Diálogos. Pelo que ele pôde concluir, houve um período mais continuado de revisão, de 1751 a 1763, e uma revisão final em 1776, ano da morte de Hume. Seguindo estas informações, indiquei neste volume as alterações mais extensas ou significativas feitas por Hume, bem como o pertencimento a qual período de revisão. O leitor que quiser conferir todas as alterações terá, além da edição Kemp Smith, o próprio manuscrito dos Diálogos disponível em www.davidhume.org. Já o início da redação é difícil precisar, pois, como se verá na carta II deste volume, Hume queimara um texto com raciocínios similares escrito ainda antes de completar 20 anos, i.e., antes de 1731. Neste volume constam cartas desses dois períodos de revisão textual (i.e., 1751-63 e 1776) onde Hume aluda aos Diálogos ou a discussões teológicas. Em especial nas últimas – inclusive a derradeira –, o leitor acompanhará os atribulados planos de Hume para garantir que seu livro fosse mesmo publicado quando ele morresse. Por fim, dada a irregularidade da tradução dos nomes próprios desta obra na literatura, esclareço que segui as regras para a versão de nomes próprios do grego, passando para o latim e em seguida para o português. Nisto contei com a ajuda do Prof. Júlio Lopes Rego, a quem agradeço.

Filosofia / Religião e Espiritualidade

Edições (1)

ver mais

Similares


Estatísticas

Desejam
Informações não disponíveis
Trocam
Informações não disponíveis
Avaliações 0 / 0
5
ranking 0
0%
4
ranking 0
0%
3
ranking 0
0%
2
ranking 0
0%
1
ranking 0
0%

0%

0%

E. M. Sousa
cadastrou em:
22/12/2023 15:57:26

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR