Natural de Lisboa, Portugal. Chegou ao Brasil em 1958, com oito anos de idade e foi morar em Santo André/SP. Diário da Boleia surgiu da vontade de registrar no papel observações de uma sequência de seis viagens de caminhão de Caxias, (no Rio Grande do Sul) a Porto Velho (Rondônia), percorrendo as chamadas Rotas de Fronteira, onde o Brasil se confunde com os países da América do Sul. A narrativa, entrecortada de reminiscência pessoais, pretende mostrar o perfil desse Brasil quase desconhecido, seus valores, seus costumes, sua forma criativa de encarar desafios, sua maneira peculiar de enfrentar com bom humor um cotidiano quase sempre duro e cruel. Nesse universo de espaço a perder de vista, de calor escaldante, de estrada mal conservadas e perigosas por onde circulam as grandes riquezas do país, movem-se seres humanos solidários e capazes de gestos nobres, homens e mulheres que são verdadeiros heróis da sobrevivência.