O livro, escrito em forma de diário, relata o drama pessoal da autora, uma mulher bem-sucedida que se revela uma jogadora compulsiva depois de acompanhar uma amiga, certa noite, a um bingo. A adrenalina e o prazer proporcionados pelo jogo vão, aos poucos, causando um descontrole emocional e financeiro, que a leva a perder tudo e a envolver-se em dívidas cada vez maiores.
Depois de várias tentativas terapêuticas, entre altos e baixos, crises de depressão e inúmeras recaídas, a autora encontrou apoio no grupo de Jogadores Anônimos (JA), na filha, que sempre se manteve ao seu lado, e na psicanálise, que a ajudaram a compreender que sofria de uma doença pouco conhecida, ainda com poucos tratamentos eficazes.
O depoimento, bem escrito e compungente, leva a uma reflexão sobre o vício do jogo e também sobre outros vícios e compulsões, servindo de alerta e ajuda a pessoas que passam por situações similares e seus familiares. Sem a pretensão de oferecer fórmulas prontas para lidar com a situação, a obra demonstra a importância de evitar prejulgamentos e de reconhecer os primeiros indícios da doença, para que se busque ajuda o quanto antes.
Drama