Diários de bordo do Aqueronte

Diários de bordo do Aqueronte Doug Pereira


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Diários de bordo do Aqueronte


Crônicas sobre as pegadas da morte e da insanidade




Os textos aqui selecionados são de leitura fácil e ao mesmo tempo difícil. A maneira com que Douglas M. Pereira trata as palavras, colocando-as de forma precisa e escolhendo-as para dar agilidade e ritmo à narração, permite fruição até certo ponto prazerosa. Mas, por outro lado, os sentimentos expostos nestas páginas são crus, iníquos, escuros demais para permitirem conforto total. Os fragmentos aqui presentes acabam sendo lidos com o estômago contraído e algum incômodo, pois a efabulação emerge apoiada no pior que há de nossa natureza. Marginais, preconceituosas, violentas, as personagens não escapam ao olhar severo do autor. E pagam por seus pecados, sofrem, prestam contas. Morte e insanidade realmente deixam pegadas, se fazem notar. Desde o início, já em O bom filho à casa torna, somos surpreendidos por atmosfera onde o cruel, tão próprio das criaturas humanas, exibe-se com força e naturalidade. Cobiça e a inveja norteando cada passo dado. O medo e o sombrio trazendo o desconforto tantas vezes presente nas histórias fantásticas. Em todas elas o mal mostrando sua cara feia, garras afiadas. A primeira experiência sexual aparece trágica em O templo de gomorra, já em O guia o castigo chega inesperado e peremptório. Em cada conto, a desventura, como em Uma noite de desventuras. Ao avançarmos, um por um, até Riu por último, chegamos ao fim com a certeza de termos em mãos um livro forte. E, como foi dito, o forte vence.

Terror / Contos / Suspense e Mistério

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Douglas
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01/09/2015 10:23:07

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