Direito de [r]existir

O sujeito contemporâneo é atravessado pelo imperativo de conectar-se, de estar on e - às vezes - de desconectar-se, de estar off. Como consequência, são gerados bancos de dados acerca de nossos padrões de comportamento, preferências musicais, gastos, trajetos percorridos, assuntos discutidos, curtidas, visualizações, e assim por diante. Tal processo participa da própria construção de nossas identidades. Zero deseja esquecer tudo isso. Embora nós, autores, tentemos encontrar Zero, vestir Zero, contemplar sua fuga, a antipersonagem sempre nos escapa.

Nesta primeira escrita a oito mãos, o Núcleo Experimental de Dramaturgia Página 11 investiga as imagens do esquecimento por meio de uma obra à deriva. Nem bússolas, nem GPS's poderão nos situar. O firmamento se despedaçou em milhares de fragmentos digitais e nos deixou boiando no oceano de layouts.

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