O antissemitismo obsessivo de Hitler resultou, em grande parte, da crença de que os judeus contaminavam o mundo com comunismo; a Rússia de Stálin era, para ele, o centro do "judaico-bolchevismo" tão ameaçador e repugnante. Quando tropas alemãs invadiram a União Soviética, em 1941, travaram uma "guerra de aniquilação" inédita em sua ferocidade bio-militar. As Forças Armadas (Wehrmacht), sobretudo o Exército (Heer), eliminaram civis inocentes sob a desculpa de combater guerrilheiros; impuseram um tratamento genocida a prisioneiros de guerra; assassinaram lideranças soviéticas e até participaram do Holocausto judeu. Tais crimes depois causaram espanto nos Julgamentos de Nuremberg, ainda hoje sendo denunciados por intelectuais e exposições na Alemanha.
A presente obra contribui para tal discussão, apresentando uma série de documentos, traduzidos diretamente do alemão, que evidenciam o horror cometido pelo Exército teutônico na Europa Oriental. Desde diretivas assinadas por Hitler até panfletos para soldados rasos, passando por registros de discursos e reuniões, vários escritos comprovam o fanático anticomunismo nazi. Os marechais e generais do Terceiro Reich aceitaram violar o direito internacional. Emitiram papéis que, compilados neste livro, têm seu inestimável valor histórico-jurídico disponibilizado ao leitor.
História