Depois da maternidade a mulher não vive somente para si.
As mães carregam os filhos na alma. A carne formada dentro da carne não se divorcia, por mais que o fruto seja um outro ser, viva fora, tenha vida própria, o que foi gerado dentro deixa marcas que abraçam a eternidade.
São Paulo depois de "fecundar" Cristo em si afirmou: "Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que você em mim". As mães podem parafrasear Paulo..."Vivo, mas já não sou eu; são meus filhos que vivem em mim".
As alegrias de um filho são como se fossem as alegrias pessoas de cada mãe.
Repleta de júbilo, a mulher mãe está condenada também as grandes dores, sofrimentos que ultrapassam o corte físico para cravar na alma uma espada latejando.
Pela tradição da Igreja afirmamos que foram sete as grandes dores de Maria e o número sete na Sagrada Escritura, como bem sabemos, está associado não a uma quantia X, mas ao infinito. Por menor que seja um problema enfrentado por um filho, para as mães é punhal que corta, que dilacera o coração.
Maria, a Mãe de Jesus, vivenciando as sete grande dores é protótipo de toda mãe, e as dores de Maria, apesar de parecerem muito próprias, são também uma condensação de esoadas que ferem a maternidade em geral.
As dores de Maria são as dores de todas mãe.
O Autor
Religião e Espiritualidade