Doze Tipos

Doze Tipos G. K. Chesterton


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Doze Tipos





"Doze Tipos" reúne ensaios sobre escritores (Charlotte Bronte, Byron, Pope, Rostand, Stevenson, Carlyle, Tolstoi e Walter Scott), figuras históricas (São Francisco, Carlos 2.º e Savonarola) e um artista (William Morris). Primam pela elegância da argumentação e pelo charme da persuasão. Chesterton escrevia prosa quase tão bem quanto outro gigante da cultura do século 19, Sir Thomas Huxley (1825-1895).
Os textos mostram também o gosto de Chesterton pelo paradoxo aparente. Conciso e direto, ele confeccionava raciocínios complexos e ambivalentes numa estrutura sempre cristalina. Pode-se ver mr. Chesterton revirando o argumento, desdobrando-o, bifurcando-o sem deixar escapar a menor obscuridade, sem um único jargão. Ele lida com conceitos como quem descreve uma árvore.
Seu texto sobre Savonarola é talvez o melhor exemplo. Savonarola foi o religioso florentino que queimou livros na "fogueira das vaidades" em protesto contra a luxúria, em 1495. Chesterton o defende. Espanto? Mas seu argumento não poderia ser mais sedutor: "Savonarola é um homem a quem provavelmente jamais compreenderemos até sabermos qual o horror que pode repousar na alma da civilização".
A questão religiosa também aparece nos ensaios sobre Tolstoi, São Francisco e Carlos 2.º. Chesterton era um católico não-carola, que admirava sobretudo a simplicidade e a dignidade pregadas pela doutrina. E como Padre Brown, seu padre-detetive, Chesterton era capaz de investigar, com impecável correção, smo os mistérios que mais pudessem abalar sua crença moral.
Analisando São Francisco, Chesterton discute o ascetismo. Sua surpreendente conclusão é a de que São Francisco, que considera "um dos mais poéticos e magnânimos espíritos", errou em ser asceta. "Por que foi um monge, e não um trovador?", pergunta-se Chesterton. Para ele, São Francisco simplesmente teria sido mais feliz se não tivesse se imposto tantas renúncias, se não tivesse tentado "cegar-se a si próprio".
Chesterton também lançou luzes novas sobre obras literárias, e muitas dessas luzes estão ainda hoje encobertas. Em "Doze Tipos", isso pode ser visto à perfeição nos ensaios sobre Byron, Rostand e Walter Scott. Mas o que fundamenta também esses é um artigo em extinção: um senso medular de dignidade moral. Chesterton dá sentido àquela velha exortação: Back to Bach!


Ensaios / Literatura Estrangeira

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Isac Sena
cadastrou em:
27/03/2016 01:25:10

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