Você mudará?
Ainda existe muito receio quanto ao vindouro Dungeons & Dragons 4th Edition.
Não é sem motivo. No ano 2000, o novo D&D causou uma revolução. O jogo de aventura mais amado do mundo trazia mais opções, mais variedade. Vieram bárbaros, monges, e feiticeiros. Vieram meio-orcs. E talentos e perícias. Tudo podia ser combinado com tudo. E sua Licença d20 permitia a todos participar — qualquer um podia inventar seu mundo, suas raças e classes, seus monstros.
O RPGista brasileiro gostou da mudança. Antes, Advanced Dungeons & Dragons era vencido por Vampiro, Lobisomem, GURPS e outros. No novo milênio, o Livro do Jogador D&D seria o título mais vendido do gênero. Acessórios e cenários d20 multiplicavam-se, fossem traduções ou originais nacionais. Ravenloft. Dragonlance. Reinos de Ferro. Tormenta. Porto Livre. Defensores de Tóquio 4ª Edição. Besm D20. Ação!!!.
O que parecia impossível, aconteceu. Hoje, existem no Brasil mais títulos d20 que acessórios para o Mundo das Trevas — o RPG mais popular do país na década de noventa.
“Mas está vindo a 4ª Edição! Então vai começar tudo de novo? Tudo será varrido da face da Terra? D&D 3E será extinto?”
É difícil prever. Temos aqui nossas especulações. D&D 4E com certeza vem cheio de boas idéias — assim como a 3.5 que corrigiu alguns erros. Mas até hoje, a maior parte dos jogadores de D&D ainda usa a versão 3.0 antiga.
Existem mais Livros do Jogador 3.0 vendidos, que livros 3.5. Os fãs não mudaram para a nova versão. Por quê? Simplesmente, porque acham bobagem pagar outra vez por um jogo que continua divertido.
Alguns apostam que, quando a 4E chegar, cada RPGista no Brasil correrá para a loja mais próxima. Vai comprar seu novo livro básico, voltar para casa e jogar na lixeira não apenas seu antigo Livro do Jogador, mas também TODA sua coleção de títulos d20. E ficará feliz com seu novo jogo, suas novas regras, e nenhum material compatível pelos próximos meses.
Você fará isso?
De sua resposta, dependerá o futuro da 4ª edição no Brasil.
Equipe DragonSlayer