Na complexidade humana, há, em suma, uma dualidade determinante, cuja identidade e origem (produtos da psique) jamais se definem por inteiro. Desde os instintos mais primários, até as sutilezas da inteligência, prevalece um embate, nem sempre linear, entre tudo o que constitui cada personalidade.
O antagonismo do bem e do mal, do justo e do injusto, da sabedoria e da ignorância, da crença e da descrença, do céu e do inferno, do poder e da fraqueza permeia o pensar e o fazer do ser humano e determina o que ele é ante o mundo e à sua própria existência. Assim, o ser antropológico não se faz, senão, pela natureza confusa e dual de si mesmo, na qual reside alguma explicação para a vida e suas hierarquias existenciais, convergindo-se, então, para uma dualidade do íntimo intrínseca a cada ser dotado de alma.
Poemas, poesias